quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Opinião: Programa “Mais Médicos” é corajoso e necessário

Tapiraí dificilmente vai se beneficiar do programa (em eventual nova edição), mas poderia receber de braços abertos meia dúzia de médicos. O cidadão certamente prefere ser tratado por um cubano a ser tratado pelo Dr. César. 

 


O Programa “Mais Médicos”, do Governo Federal, vai levar 1.753 médicos para 626 municípios. De acordo com o Ministério da Saúde, 51,3% das vagas ocupadas estão em municípios de maior vulnerabilidade social do interior e 48,6% nas periferias de capitais e regiões metropolitanas, todas elas nas áreas prioritárias do programa.

A vinda de médicos cubanos para o Brasil para suprir a enorme carência desses profissionais no serviço público levou à fúria a classe de jaleco branco, a mídia conservadora e os detratores do governo Dilma.

A medida do Governo Federal é, além de corajosa, necessária.
Faltam médicos no país. Em algumas cidades, esses profissionais simplesmente não existem. Em outras, há um único médico para atender a centenas de pacientes por semana.

O sistema público de saúde tem a obrigação de suprir as necessidades básicas do cidadão. Dentre elas, o de atendimento médico.

E como fazer isso em um curto prazo? Como conseguir levar médicos para os rincões mais distantes do país? Entregar salários fabulosos que arrebentariam o próprio SUS seria uma alternativa.

Estúpida, mas ainda assim uma alternativa. É claro, os “doutores brasileiros” prefeririam essa medida a qualquer outra.

Mas o Governo Federal foi pragmático e corajoso o bastante para enfrentar a classe médica – poderosa, autoprotetora – e “importar” médicos de onde eles sobram. De Cuba, no caso.

Fossem médicos dos EUA ou da Europa, talvez ao menos não fossem discriminado por uma meia dúzia de sujeitos que jamais tiveram uma filha com febre altíssima no meio da madrugada, dinheiro nenhum no bolso e nem um médico para atendê-lo no posto de saúde mais próximo.

Os cubanos têm uma boa formação. Mais do que isso: o doente dos rincões esquecidos do país não quer saber da nacionalidade do médico. Quer ser amparado, tratado. E ponto. Se o sujeito fala português, árabe ou javanês, não importa.

E foi esse o pragmatismo que levou o Governo Dilma a trazer esses profissionais ao país, despertando a fúria dos setores conservadores da sociedade – afinal, encaram os cubanos como comunistas escravos.

Tapiraí dificilmente vai se beneficiar do programa “Mais Médicos”. Mas faltam médicos aqui também. O próprio “chefão” da Santa Casa da cidade, Dr. César (que já foi fortemente criticado por quem hoje o adora, o prefeito Araldo Todesco), dá um atendimento no mínimo questionável aos seus pacientes.

Dizem à boca miúda pelos bastidores da política da cidade que esse senhor de jaleco só é mantido no cargo pela mais absoluta incapacidade do poder municipal de trazer outro profissional para a cidade. Não creio que um doente tapiraiense gostaria de deixar de ser atendido por um cubano para ser medicado pelo Dr. César. 

O BLOG SALVE TAPIRAÍ APOIA O PROGRAMA “MAIS MÉDICOS”, DO GOVERNO FEDERAL, E LAMENTA QUE O MUNICÍPIO NÃO SE BENEFICIE DO PROGRAMA.

EM BREVE, FAREMOS LARGA REPORTAGEM SOBRE A QUESTÃO DA SAÚDE NO MUNICÍPIO. AGUARDEM!

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