A discussão sobre a Compensação Financeira pela Utilização dos Recursos Hídricos (CFURH) destinados aos municípios sedes de usinas e alagados, tem mobilizado diversas cidades pelo Brasil, que anseiam pelo aumento, de 45% para 65%, do valor dessa compensação.
Tramita no Congresso Nacional uma proposta que deverá viabilizar esse aumento, em benefício de cidades como Tapiraí, por exemplo.
Nos dias 23 e 24 de setembro, o prefeito Araldo Todesco (PSB) esteve em Brasília (DF), junto com centenas de prefeitos, vereadores e gestores municipais, participando de um ato da AMUSUH (Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas), que defende a aprovação do projeto de aumento dos repasses.
Esse projeto, nº 315/2009, de autoria do ex-deputado Chico da Princesa (PR/PR), tem como objetivo alterar a distribuição da compensação financeira pela utilização de recursos hídricos (CFURH).
Hoje, nos termos da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que definiu os percentuais de distribuição, 45% dessa compensação é destinada aos estados, 45% aos municípios, 3% ao Ministério de Meio Ambiente, 3% ao Ministério de Minas e Energia, e 4% ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O Projeto de Lei nº 315, de 2009, propõe que os municípios recebam 65% e, os estados, 25%.
O principal argumento dos defesores dessa proposta é que os impactos sociais e ambientais ocasionados pelas áreas alagadas dos reservatórios recaem diretamente aos municípios, os quais perdem áreas produtivas pelas inundações na instalação da Usina Hidroelétrica.
O relator do Projeto, Senador Sérgio Souza, opinou favoravelmente à aprovação da proposta, que ainda aguarda oitiva da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal para ter prosseguimento.
Atualmente há 698 municípios que recebem a CFURH, dentre eles, 178 que abrigam 195 usinas geradoras de energia elétrica.
A AMUSUH comemorou a rejeição do projeto de Lei do Senado PLS 93/2012, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que também alterava a distribuição das compensações financeiras pela exploração de recursos hídricos, mas que provocaria prejuízos aos municípios hoje beneficiados pela Lei nº 8.001/90.
A proposta de Malta dividia, para todos os município do país, os recursos dessa compensação, e não somente para aqueles que possuem áreas alagadas pela instalação de usinas geradoras de energia.
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