sábado, 31 de agosto de 2013

Tapiraí recebe evento que tem provocado a fúria de comerciantes de cidades vizinhas

Finalmente a "Mega Feira de Roupas dos Fabricantes de São Paulo" chegou a Tapiraí. Se isso é bom para os consumidores, é péssimo para os comerciantes que pagam impostos sobre as mercadorias, além dos tributos municipais.



Os organizadores informaram que há produtos com até 70% de desconto. A feira, que começou dia 30, vai até amanhã (01), das 8 às 20 horas.

Evento comercial semelhante a esse (chamado "Feira do Bras") tem sido realizado em várias cidades do interior, provocando a fúria de comerciantes.


Em Votorantim, por exemplo, causou a revolta dos lojistas, que foram obrigados a conviver com uma concorrência que consideraram desleal.

A Associação Comercial e Empresarial de Votorantim (ACEV) chegou a organizar um abaixo-assinado com mais de 100 assinaturas de comerciantes da cidade, entregue ao prefeito Erinaldo Alves da Silva (PSDB), contra a realização do evento. 

A prefeitura informou que "toda a documentação exigida, bem como o recolhimento de taxas foi devidamente realizado pelos organizadores da feira”.

Segundo veiculado pelo jornal Cruzeiro do Sul, o comerciante Felipe Silveira, afirmou que a Prefeitura levou a concorrência ilegal para a cidade. "Essa semana recebi uma vistoria da Prefeitura. Eles não pagam impostos na cidade e não sabemos sobre a procedência dos produtos vendidos. Trabalho com roupas e sei que é impossível uma blusa por R$ 10", afirma. Ele afirma que os organizadores da feira já haviam tentado outras vezes realizar o evento na cidade, mas não conseguiram, revelou a reportagem do Cruzeiro, veiculada dia 24 de fevereiro deste ano.

Em Pilar do Sul, a prefeitura barrou a realização do evento. Segundo fonte do Blog Salve Tapiraí, que trabalha com o Executivo Municipal, a prefeitura não autorizou a realização da feira, o que levou seu organizador a perder a compostura e ameaçar funcionários públicos.

Segundo essa fonte, o comércio de Pilar do Sul é muito forte, e levar uma feira como essa para a cidade seria desmerecer o trabalho dos comerciantes, além de acarretar em prejuízos, já que muitos consumidores deixariam de comprar roupas e bijuterias por algumas semanas ou até meses.

“Foi em respeito ao comércio de Pilar que a prefeitura impediu a realização da Feira”, disse essa fonte, que prefere não se identificar, temendo retaliações por parte da organização da Feira do Bras.

Aliás, a organização da Feira informou à imprensa que, na realidade, o evento não tem qualquer relação com a feira que ocorre na capital paulista.

Fica a questão: como o comerciante tapiraiense, que tem de se deslocar da cidade até São Paulo para formar seu estoque, gastando combustível ou passagem de ônibus, tempo, paga os impostos municipais para manter suas portas abertas, pode concorrer com um evento desse porte sem ter prejuízos?

E mais, como a prefeitura permitiu a organização desse evento, tendo tantos depoimentos contrários a ele em cidades vizinhas?

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